Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2012

Apreensão para as cores nacionais

  Como é do conhecimento geral foram sorteados hoje os 8 grupos da Liga dos Campeões que terá, sem sombra de dúvidas, uma das edições mais fortes dos últimos anos. Uma das principais razões é o equilíbrio dos grupos muito por causa de haver uma qualidade inegável em todos os potes.   Se o sorteio assim o quisesse podíamos ter tido Real Madrid ou Barcelona, Manchester City, Juventus e Borussia Dortmund. Curiosamente tivemos um grupo muito parecido que certamente dará que falar. Mesclar o futebol ofensivo e tipicamente inglês de Mancini com a equipa rapidíssima de Mourinho será algo a observar religiosamente sem piscar sequer os olhos. A meu ver esta é a oportunidade perfeita para a sua remissão depois de falhar na última edição da Liga dos Campeões. Na Liga Europa já todos sabemos o seu trajecto, marcado pelo calcanhar de Xandão. Tal como o que aconteceu com os alemães de Klöpp (e de notar que estas equipas partilham o grupo) na época passada a inexperiência neste tipo de competi

Na Itália, o baile do madeirense

  Depois do sorteio ter ditado dois embates com italianos a opinião geral foi a dum desafio muito difícil para os lados de Braga. Não seria para menos e, apesar de ambos os clubes terem terminado no mesmo lugar dos seus respetivos campeonatos, as duas ligas são pouco comparáveis no que toca a número de equipas "de competições europeias" e realidades competitivas.    Quando num lado existem 4 clubes que ocupam constantemente essas primeiras posições no campeonato, noutro existe um tipo de competitividade e exigência diferente sendo praticamente o dobro das equipas com presenças regulares na Europa (não só pelos lugares que a Serie A dispõe para a Europa, mas também pela habitual competitividade que existem em solo transalpino, uma rivalidade entre territórios como se "brinca" em Portugal). Na teoria são dados curiosos, relevantes para lançamento de jogos. Na prática é costume ser irrelevante. No Friuli não foi diferente, sendo que a diferença entre os campeona

Miolo de lu(ch)o

   Frente a um Guimarães que poucas oportunidades teve para mostrar o seu futebol os campeões nacionais em título fizeram aquela que, sem grandes dúvidas, foi - a par daquela conseguida na Supertaça Europeia - a melhor exibição da era Vítor Pereira. Como grandes catalisadores da vitória azul e branca há a equipa. Solidária entre os seus elementos, coesa a defender e a pressionar e letal no último terço onde, convém dizer, passou grande parte do jogo. Uma vitória à campeão com Lucho a marcar dois golos marcou o sábado passado que também ditou uma vitória categórica do Braga no seu estádio.   A expectativa era muita a envolta neste jogo. Depois do empate em Barcelos dizia-se que esta recepção ao Vitória de...Rui Vitória seria muito complicada. Tal se diria pela atitude defensiva que a equipa berço mostrou face ao Sporting de Sá Pinto que apesar de tentar não conseguiu colocar a bola dentro da baliza adversária. Mesma estratégia que em dois jogos não funcionou: bloco baixo e tentat

Um olhar ao Braga de Peseiro

 Antes de ir tentar conquistar um lugar na fase de grupos na Liga dos Campeões, o Braga de José Peseiro ganhou um boost de motivação frente à quebrada e desmotivada equipa de Ulisses Morais que, apesar das constantes tentativas de incentivar a equipa, acabou por ver a sua equipa desmoronar-se depois do par de golos marcados pelo madeirense Rúben Micael. Um mês depois de chegar ao, na altura, estágio de pré-época dos minhotos o madeirense vai conquistando aos poucos um lugar naquele que é sem qualquer dúvida um dos lotes de médios mais fortes do campeonato. Só o facto de ter 4 jogadores com chamadas à seleção nacional A diz muita coisa. Imaginemos um trio com Custódio numa posição mais defensiva, Hugo Viana e Rúben Micael. Seria um exemplo de respeito para qualquer outra equipa do país. Incluindo um elemento brasileiro como Mossoró (um médio mais ofensivo do que qualquer um dos outros referidos) há o equilíbrio ideal no meio-campo minhoto. Frente ao Beira-Mar jogaram três portuguese

Um novo protagonista

 Esta é a época onde se irá consumar a trilogia perfeita entre catalães e madrilistas. Depois de duas temporadas marcadas por duelos entre Mourinho e Guardiola o capítulo final desde período de 3 temporadas iniciou com um novo protagonista: Tito Vilanova. Estando num papel secundário nas últimas 2, o catalão que até ao momento era adjunto do impulsionador da mentalidade triunfante dos  blaugrana tomou papel de protagonista com resultados, para já, muito positivos. Sempre se diz que a identidade de jogo do Barcelona está presente em todos os possíveis escalões: desde as combinações pacientes e inteligentes de Xavi-Iniesta até ao menino novo que chegou aos mais inexperientes escalões de jovens. Com 5 anos o catalão Xavi Hernandéz já ponha em prática a filosofia culé nas escolinhas, vejam lá. Mas isso é um caso para aprofundar posteriormente. A identidade do Barcelona está presente em toda a sua instituição. Tito Vilanova começou a senti-la duma forma "melhor é impossível". A

As trocas improváveis do Calcio

   No futebol português há rivalidades acesas - talvez demasiado em algumas ocasiões - e uma questão muito abordada é o orgulho. Quando em 2008 Cristián Rodríguez assinou pelo Futebol Clube do Porto instalou-se a controvérsia, a polémica e alguma confusão. Afinal não era para menos: um jogador do Benfica tinha assinado pelo maior rival sendo mal visto por muitos. Na massa associativa lisboeta a palavra "traidor" talvez até tenha sido a mais frequente. Fez de certa forma reviver o fantasma da já razoavelmente longínqua memória de 2002, quando Maniche trocou a capital portuguesa pela cidade invicta. No sentido inverso (não exatamente, mas sendo a capital o destino) tivemos o caso de Rui Jorge quando em 1998 trocou o Porto pelos leões do Sporting. Clube esse que representaria até 2005, um ano antes de se retirar da carreira como jogador. Esse mesmo defesa procura agora triunfar com as esperanças nacionais. E, focando-me novamente no ponto das trocas, é assim que se fazem manc

Escorregões, um velho hábito

  A expressão de Jackson Martínez diz tudo. Desalento, desespero e frustração foram as emoções sentidas pelos portistas após o empate frente ao Gil Vicente em Barcelos naquele que foi um começo em falso dos campeões em título. Noutro plano vemos o registo impressionante dos barcelenses frente ao Porto: os galos não perdem frente ao Porto no seu estádio desde 2005. Na altura a vitória dos azuis e brancos foi conseguida através dum golo no primeiro minuto de... Lucho González. Hoje o argentino tinha um antigo colega de equipa do lado adversário, César Peixoto. Uma peça importante também no sector intermediário da equipa da casa. Os tempos são outros e de notar que, na sua esmagadora maioria, os protagonistas também. Tomara que não...   Em Lisboa houve confronto de titãs. Jorge Jesus versus José Peseiro, com o treinador dos minhotos a conseguir estrear-se com um grande resultado no campeonato. Diga-se que, olhando bem para os resultados dos candidatos ao título, o Braga foi aquele