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A mostrar mensagens de março, 2012

Quero ser treinador...

  A verdade é que muitos sonham em ser isto e aquilo. E nesta comunidade do futebol, falando daquilo que é a globalidade, o objetivo passa todo por uma analogia teórica: ser treinador de futebol. Muitos não compreendem as implicações que isso terá em todos os níveis. José Mourinho já teve que mudar os filhos de escola umas quantas vezes, em vários países. Isso é uma implicação a nível pessoal/íntimo. Inclusive, é um emprego cansativo.  André Villas-Boas trabalhava doze horas por dia em Stamford Bridge ou na instituição de formação. Dormia numa cama japonesa, praticamente no chão. Dedicava-se duma maneira quase incondicional. O que lhe aconteceu? Foi despedido e odiado por Londres. Ingrato, hipócritas. Em todos os jogos quase meia centena de milhares de pessoas a assobiar-lhe. Eu sei que o meu futuro vai passar pelo futebol (é a minha ambição futura), mas não sei até que ponto me irei envolver neste caos.   Talvez siga algo no exterior. Talvez vá para comentador, talvez

Política basca

  É uma das sensações europeias nesta temporada. Tem conquistado o apoio de muitos adeptos portugueses (claro que não anula o facto de poder acontecer o mesmo em outros países, explicito aquilo que apenas tenho conhecimento e tenho visto) devido a alguns fatores. Um deles é a política do clube, o Athletic Club Bilbao (de resto a equipa da cidade mais populosa do País Basco). Como sabem, apenas jogadores bascos podem pertencer ao plantel. Baseando-me naquilo que é a equipa mais conhecida cá da ilha de São Miguel, era como se o CD Santa Clara apenas contasse com jogadores da ilha ou, no máximo, nascidos em qualquer ilha do arquipélago (tal não acontece porque a maioria esmagadora dos jogadores do clube são de Portugal continental ou estrangeiros, maioritariamente sérvios e brasileiros. O País Basco compreende também as regiões de Navarra e Iparralde, esta última já situada em terreno francês. Jogadores que não sejam oriundos desse conjunto de regiões não são permitidos a ingressar

Adversidades criadas por Paixão

  Como adepto de futebol justo, este jogo foi para riscar do pensamento. Mas houve algo que me ficou entalado: como é que a comissão de arbitragem deixa o senhor Bruno Paixão ser um dos árbitros de destaque do nosso futebol? Já não se trata de profissionalização dos atuais árbitros portugueses, das suas respetivas insígnias da UEFA e FIFA, mas sim de competência e respeito para com as instituições centenárias com que lidam quase semanalmente. O Sporting tem tido razões para se queixar da arbitragem, e o segundo capítulo dum insólito pode estar bem próximo. Um árbitro conhecido nas andanças de primeiro escalão pode vir a suspenso se o mesmo se recusar a arbitrar um jogo do Sporting para o campeonato, tal como aconteceu a João Ferreira (3 jogos) na primeira volta, quando foi o desconhecido da AF de Aveiro a arbitrar o jogo em que o Sporting empatou no campo do Beira-Mar. De resto foi o protagonista do jogo, sem casos que se pudessem verificar no fim da partida. O mesmo afirmou Nuno C

2ª circular na Europa

Brilhante, isto é Portugal. Grande atitude, primeira parte capaz de vencer qualquer equipa desta competição, talvez com 1/2 exceções. Atitude de guerreiros, muito bem taticamente o Sporting. As substituições foram cedo demais e prejudicaram um pouco o caule ofensivo da equipa. Golos inteiramente merecidos pela forma que este grande Sporting abordou a eliminatória em geral, não este ou o jogo em Alvalade em particular. Equipa coesa, desta vez parece-me a estabilização definitiva daquela que me parece ser uma grande equipa. Resumidamente, apenas digo isto: espírito de sacrifício. Não sucumbiram à enorme pressão na segunda parte, admiro a equipa por isso. Grande apoio verde e branco em Inglaterra, crédito também por isso. Sinto-me feliz por ter duas equipas portugueses neste nível, nas competições europeias. Adversários a escapar são o Atlético de Madrid, Schalke e Bilbao. Mas qualquer um destes é adversário ao nível deste Sporting. Verdade que foram controlados na segund

Carriço, o novo 6...

  A mudança de treinador no Sporting não foi (embora o tenha aparentado numa fase inicial) prematura ou irracional. Aos poucos a equipa vai modelando um novo estilo de jogo e, consequentemente, inovando o seu próprio. No tempo de Domingos Paciência houveram algumas mudanças posicionais (sobretudo no decorrer dos jogos, trocas posicionais no meio-campo, com Schaars a ser talvez o homem mais polivalente naquela área), porém, numa fase, sem grande sucesso, numa altura em que nada corria bem, para que conste. Com a vida do homem que deu ênfase ao lema "coração de leão", houve um jogador que se destacou numa posição não a sua de raiz. Falo do homem da imagem, como já devem ter percebido. Daniel Carriço tem sido um jogador determinante na construção do jogo e equilíbrio entre sectores. Como número 6, ou trinco (como preferirem), o jogador ganhou um ritmo que não tinha à algum tempo. Criticado como central por alguns está neste momento a ganhar um novo dinamismo, uma polivalência

Ou vai ou racha

  Nélson tem sido apenas um dos jogadores encarnados abalados em série pela inconformidade que reina nos lados de Lisboa. Isto aplica-se a tudo o que engloba o clube. Desde a perdulariedade dos jogadores em campo (posso referir tranquilamente o homem da imagem, por exemplo) à frustração dos elementos da equipa técnica e estrutura interna do Sport Lisboa e Benfica. Posso referir como exemplo recente as palavras insultuosas de Rui Costa a um elemento da estrutura da liga de clubes, na garagem do estádio da Luz, pós-jogo com o Porto. É o sentimento mais vivido nos últimos tempos por adeptos do clube...desde a derrota na gelada Rússia até à vitória do Porto que pode comprometer o campeonato ao Benfica, que para alguns já estava decidido.   A crise chega a todos, já que a situação portuguesa não é a mais ideal neste momento. Metaforicamente falando, claro. Mas podemos remeter a afirmação para uma realidade dos três grandes portuguesas na atual época futebolística. Primeiro o Porto,

(Im)previsível

  A ambição possuiu o pensamento racional de André Villas-Boas na penúltima semana de Junho do passado ano de 2011, aquando da sua transferência para o Chelsea ser consumada. Tratou-se apenas (expressão irónica) da transferência mais cara de sempre de um treinador de futebol, rondando o valor de 15 milhões de euros. Alguns falaram de um salto na carreira, outros de um traidor à procura de libras. Não colocando nenhuma das opções de parte, a verdade é que André saiu cedo demais de Portugal, mais propriamente do FC Porto, onde protagonizou a melhor época da história do clube para a atual geração de portistas. É difícil julgar alguém numa situação em que nos dificilmente iremos encontrar, mas os pensamentos foram de carga negativa para um treinador que começou a marcar uma nova geração de treinadores no ano passado.   Dadas as circunstâncias era difícil prever a não continuidade de André Villas-Boas no clube onde quebrou recordes, e como disse, protagonizou uma das

As duas faces da moeda

  Chegamos a um momento onde qualquer erro pode ser aproveitado pelo rival e, consequentemente, ser decisivo. Tal não se podia aplicar melhor com um dos jogos mais aguardados (se não o mais) nesta época, nesta que é a Liga ZON Sagres ao rubro. No último par de jornadas aquele que parecia ser um campeonato decidido, para alguns, passou a ser o campeonato mais disputado dos últimos anos, excluindo aquela que foi uma luta intensíssima entre Benfica e Braga em 2009/2010, que culminou com a última conquista do campeonato para os encarnados.    À procura de renovar o título de campeão nacional, a equipa de Vítor Pereira vem à Luz com apenas uma derrota em todas as jornadas desta edição do principal troféu a nível nacional. Por outro lado há um Benfica que tem igual número de derrotas, algo que não deixa de ser surpreendente visto que já estamos numa fase avançada da competição.   Duas realidades diferentes por uma analogia: a ambição. Ambas as equipas têm ambições de vencer e