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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2012

Os goleadores e o oportunismo

  Ernesto Farías, o protótipo de um rato de área. Um oportunista. Nesta época tivemos dois jogadores que se afirmaram pelas suas ações em campo como oportunistas ou desbloqueadores. Jogadores ágeis e matreiros que despistavam as defesas adversárias e espicaçavam as esperanças das outras formações. James e Nolito. Dois jogadores que por hábito de Vítor Pereira e Jorge Jesus eram lançados numa fase mais sensível da partida, onde muitas defesas as equipas mais debilitadas protegiam-se das ofensivas de Porto e Benfica. Como? Defendendo. A necessidade era de jogadores rápidos e imprevisíveis. Quase sempre resultava. Temos como exemplo uma partida onde o Porto venceu o União de Leiria por 4-0 com James a ser protagonista. Nessa noite de jogo no Dragão 27829 (número não oficial, mas obviamente quase exato, devido aos últimos dois dígitos serem o número do marcador do primeiro golo, neste caso Marc Janko) aplaudiram Varela e a entrada do jogador que para muitos ia explodir. Tinham razão. Es

O término da obsessão

  Acabou. Acabou a obsessão de Roman Abramovich. O Chelsea é campeão europeu. Contra o resultado adverso em Nápoles, domínio a que foi alvo do Benfica e sobrevivência em Camp Nou saem da final como (justos) vencedores da competição. Muitas adversidades, ainda assim. O despedimento de André Villas-Boas, a inexperiência de Di Matteo, as lesões e a incógnita que era Torres. O x numa equação, ninguém sabia, neste caso não quem era, mas sim o que iria fazer. Depois desta final deveria justamente ser rotulado de um trabalhador, um humilde camponês se compararmos o campo de futebol com a classe social que era o povo em séculos passados. Ora a defender ora a atacar foi, sem qualquer dúvida, esforçado. Disso ninguém se pode queixar. E, apesar do tipo de futebol diferente , essa diferença e esses detalhes fizeram Terry e Lampard levantar a taça na Allianz Arena. Incrível. Foi esta equipa que com uma desvantagem de 3-1 goleou o Nápoles em casa e relançou-se nesta competição. E, diga-se, cont

Tigre à solta

  Jogadores destes são capazes de despertar mil e uma emoções numa pessoa. São capazes de levantá-la no estádio ou fazê-la gritar efusivamente no sofá. Falcao faz a diferença. Fê-lo em Portugal e continua a fazê-lo na Península Ibérica com igual relevância. Ao invés de 4 o colombiano só conquistou 1 troféu nesta época desportiva, um que, curiosamente, já tinha conquistado no Porto de André Villas-Boas. E foi protagonista novamente. Como prova o "tu outra vez" lançado pela glória da Juventus e atual presidente da UEFA Michel Platini na entrega do troféu. Isto para mostrar que Falcao é Falcao. Não interessa o clube, a qualidade e o  it factor que o fez brilhar no Porto mantém-se.   Radamel, génio. Dois na final de Bucareste confirmaram-no como o melhor marcador da competição por duas épocas consecutivas. Um grito de revolta e uma forma de calar os críticos que rasuraram a mudança da cor das riscas no princípio da época. O mesmo frisou isso na conferência de imprensa ap

Os homens da diferença

Desde já o meu muito obrigado ao Pedro Peralta, autor deste post. Surgiu a ideia de colocar esta crónica cá, e é com todo o gosto que o faço. Bem, e é isto. Espero que gostem e como habitual dêem o vosso feedback. Bem haja. OS HOMENS DA DIFERENÇA Após afirmar que abandona o seu posto como líder do F.C. Barcelona, Guardiola é aclamado pela gigante maioria como o grande responsável não só do brilhante futebol mas como também da afirmação da mentalidade culé. É-lhe atribuida a glória do sucesso barcelonista nos últimos quatro anos, mais que a qualquer outro. José Mourinho arrasta multidões como adeptos das suas equipas, pois é como Midas. No que toca, torna-se ouro. Ganha. A Jürgen Klopp são atribuídos os louros do domínio no futebol germânico por parte do Dortmund nas últimas temporadas, muito por conseguir fazer sucesso após perder constantemente jogadores fulcrais do seu grupo de trabalho. Estes são alguns entre muitos casos notabilizados. Pode um homem ser tão central

O brasileiro, a raposa e o sangue frio

  Falo agora dos desfavorecidos no grupo C do EURO 2012, focando-me na Croácia de Bilic. À semelhança do que acontece com Portugal tem um brasileiro , Eduardo, Ex-Arsenal. Hrvatska, conjunto de letras que designam a Croácia no seu país. A tradução para as outras línguas é, no mínimo, diferente. Mas não estou propriamente intrigado a escrever sobre as traduções de croata-português. Irei ficar sim a falar daquilo que a seleção que tem de tudo pode fazer na próxima grande competição de seleções. Um grand slam do futebol. Imaginemos um tenista mediano a enfrentar Nadal e Federer. Reações imediatas? Medo e nervosismo. E passados os momentos de calor iniciais? Tentativa de recuperação psicológica e início do trabalho. Exato, trabalho. Muito calculismo para uma estratégia produtiva que possa surpreender esses tenistas de classe mundial.    Mas passando ao futebol. Tudo é muito bonito na teoria, mas como tive oportunidade de dizer e explorar em mensagens anteriores, uma bola dentro du

Número redondo

  Um marco na história do blog e para mim também, foram atingidas as 10.000 visualizações de páginas . E o que isso significa para mim? Orgulho naquilo que tenho vindo a desenvolver e gratidão aos que acompanham as mensagens colocadas cá, algumas mais extensas e trabalhadas do que outras. Quando comecei este blog esperei coisas boas, certamente, mas não isto (para mais em tão pouco tempo). São 5 meses e uma média de 2000 visualizações de página por mês, aproximadamente 67 por dia.    Fica aqui o registo. Novamente o meu obrigado e até às 20.000!

Literatura futebolística

   Imagem completamente aleatória, reconheço. O 'Planeta do Futebol' é um livro escrito pelo meu comentador desportivo (Luís Freitas Lobo) que atualmente presta serviços à estação televisiva SPORT.TV e que ocasionalmente reúne-se com outras figuras do futebol nacional na TSF para um programa de rádio. O livro foi lançado em 2009 e já conta com 3 edições, sendo esta 3ª (e a que adquiri em Março) estendida para cerca de 300 páginas. O livro tem como editora a Prime Books e todas as fotografias que ilustram o cenários são da Getty Images.   É difícil resumir este livro por uma sequência lógica ou padronização de acontecimentos. O livro está dividido em muitos capítulos, 41 para ser mais exato. Em cada capítulo é abordado uma nova temática relacionada com o desporto rei. Claro, alguns capítulos podem interligar-se devido a uma analogia num sistema tático, equipa ou jogador referido. Mas regra geral cada capítulo aborda um novo tema numa diferente altura cronológica e, em