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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2012

Clarividência ou persistência?

  Na passada terça-feira o Porto derrotou o Dínamo de Zagreb, hepta campeão croata. O osso mais duro de roer para as equipas restantes equipas do país de leste, porém um adversário razoavelmente acessível para a elite europeia como clubes como Porto e Benfica que possuem este estandarte (apetecendo-me debruçar para esta segunda equipa, será um tema debatido noutra altura... deixar a coisa correr primeiro).    Penso que é óbvio que nunca é fácil fazer deslocações a países mais estranhos, e não digo estranhos de cultura ou qualquer aspeto nacional, mas sim pela falta de conhecimento das nossas equipas (neste caso o Porto) em relação à Croácia, mais propriamente estes eternos campeões. Pois bem, numa deslocação dita como difícil e matreira o Porto venceu uma muito frágil equipa da casa (na maior parte do jogo, salvando-se um período de aperto para os campeões portugueses na etapa complementar) com Lucho a marcar um golo que o levou a um estado emocional diferente de todos os outros

Al ritmo del tigre

  Como se sabe o Brasil teve o projeto vencedor para ser o anfitrião do Mundial de 2014, assim como o Rio de Janeiro terá que albergar os jogos Olímpicos dois anos depois. Isto coloca, sem qualquer dúvidas, pressão na seleção agora liderada por Mano Menezes, visto que "as equipas da casa são sempre as favoritas." A canarinha é habitualmente a que mais se destaca na zona de qualificação para a maior prova de seleções do mundo, mas desta vez tem apuramento direto, o que deixa a zona sul-americana com 9 equipas, folgando uma em cada compromisso internacional. O facto dos brasileiros não constarem nesta fase colocou o mediatismo noutros pontos de vista, sendo um deles a Colômbia que vem tendo uma prestação de topo, ocupando o 2º lugar atrás da extravagante argentina de Messi, Higuaín e Di María.   Pode-se dizer e muito bem que o fator principal para o sucesso dos colombianos é a entrada de Pékerman na equipa técnica, para treinador principal do grupo. Uma escolha de catego

Adeptos da bola #7 - Ricardo Gomes

  Ora bem, aqui está mais uma entrevista, mostrando que a rubrica está inteiramente ativa e assim irá continuar. Desta feita o entrevistado foi Ricardo Gomes, portista de corpo e alma. Durante a leitura das respostas irão saber mais sobre este adepto de futebol. O meu pronto agradecimento ao mesmo por se disponibilizar a responder às perguntas que lhe foram colocadas. Passando ao que realmente importa, aqui está a entrevista.   Nome, idade e clubes que apoias. Ricardo, 17 anos, Futebol Clube do Porto. Desde que és adepto de futebol qual foi o jogo mais marcante que tiveste oportunidade de ver? O momento que mais me marcou foi um jogo em Old Trafford, em que empatamos 1-1, na época 2003/2004 (quando vencemos a Liga dos Campeões). Lembro-me perfeitamente de ter uma lágrima do canto do olho quando estávamos arredados dos Quartos-de-final e de depois ver o Costinha marcar. Foi um momento de grande emoção. Ainda hoje, quando vejo vídeos desse lance fico com

O esquecimento dos três leões

"Porque é que a seleção inglesa não tem a mentalidade vista na Premier League?"   Esta pergunta/afirmação foi colocada ontem nos comentários do Inglaterra - Ucrânia pelo narrador Paulo Pedrosa  na SPORT.TV, jogo qual acabou empatado a uma bola. Os ingleses sofreram e só mesmo de grande penalidade conseguiram arrecadar um ponto no seu país naquele que foi um reencontro das duas nações depois da vitória dos britânicos no EURO (iriam acabar por ser eliminados na fase seguintes aos pés da Itália comandada por Prandelli e, dentro das linhas, Pirlo). Uma exibição pouco inspirada, previsível e monótona caracterizou os 90 minutos da formação de Hodgson, já criticado pela exibição e pelo trabalho, em geral, elaborado na seleção. Coloca-se em questão, neste momento, as diferenças das mentalidades implementadas nas equipas da Premier League e na própria seleção inglesa. A culpa é dos jogadores, do (pouco) carisma de Hodgson ou dos acontecimentos inglórios que já marcaram a sele

Bélgica: a luxúria subentendida

  Como se pode verificar em vários locais a Bélgica é um dos países com maior índice de desenvolvimento do mundo, no top 20 mundial e a rondar o top 10 europeu de acordo com a última lista. É um país repleto de luxúria e boas condições de vida, generalizando, então. Um país subtil e nobre com o seu nome oficial a ser Reino da Bélgica. Nada que se possa dizer que é irrelevante vendo o passado rico em história deste território outrora povoado por tribos célticas e germânicas. Também se pode referir que é um país onde há uma taxa de alfabetização na casa dos 99%. Um país requintado... mas e o futebol?   Desde o Mundial de 2002, marcado por arbitragens ultrajantes e vergonhosas, que os belgas não marcam presença numa grande competição de seleções. Na altura os olhos mais interessados recaiam sobre Van Buyten e Bart Goor (com este último ainda no ativo com 39 anos). Os tempos mudam e com ele vêm alterações promíscuas, ou seja, que fazem toda a gente ficar confusa.    A atual sele

Juventude, um fator positivo?

  É do conhecimento geral que houve um fim de ciclo no que toca ao futebol alemão. Os germânicos que outrora eram divididos em duas partes devido a um famoso muro situado na capital do país apresentaram-se como um dos maiores candidatos à vitória do EURO 2012 devido à sua campanha imaculada na campanha de qualificação. Apenas se especulou uma hipotética decepção alemã devido à juventude da equipa. Depois das competições as ideias foram repartidas e expostas em diferentes pontos de vista. Uns otimistas em relação ao futuro da Mannschaft, outros nem tanto. Diga-se que o ponto fulcral para críticas foi a queda dos mesmos nas meias-finais da competição aos pés da Itália de Prandelli contra jogadores que tinham, no geral, um maior índice de experiências nas grandes competições deste género. Muito se criticou sobretudo as lacunas excessivas do sector defensivo. Até que ponto pode uma seleção irreverente, jovem e talvez imatura chegar, vencer e reinar?   Quando no apuramento se pensava

Adeptos da bola #6 - Eduardo Caldeira

  Pela primeira vez no período de alguns meses, o blog está de volta com o espaço destinado às entrevista. Desta feita com um portista desde pequenino! Eis a sexta edição de "adeptos da bola", com Eduardo Caldeira. Um grande agradecimento ao mesmo por responder a estas perguntas abaixo. Passo ao que interessa: Nome, idade e clube.   Eduardo Caldeira, 19 anos, Futebol Clube do Porto. Qual foi o principal factor que contribuiu para seres adepto do FC Porto?   Sem dúvida o meu pai. Mal nasci fez me logo sócio do FCP e começou bem cedo a incutir-me os valores de um verdadeiro Dragão. Aliás, toda a minha família mais próxima é 100% portista. Eu, o meu pai e o meu irmão temos todos lugar anual já desde os tempos do velhinho Estádio das Antas. Lembras-te do primeiro jogo que foste ver ao antigo Estádio das Antas?   De ver o jogo em si ao vivo não me lembro, apenas pelo que o meu pai me disse foi frente ao Chaves, na época de 1996/1997. Ga

Os encaixes milionários

  Cada vez mais se tira o rótulo de colosso a certos clubes, tentando aplicar-se a outros clubes pelo poderio que mostra no mercado. Cada vez mais é uma realidade que se aplica, diga-se. Há alguns anos (e mesmo nos dias que correm) era impensável o Zenit ou outro clube russo ser o obreiro daquela que se pensa ser a 5ª maior transferência da história de futebol. Isto porque neste momento fala-se em 60 milhões, uma transferência maior do que a de Figo para o Real Madrid, por exemplo. A verdade é que, como referi doutra forma, os tempos mudam. No mesmo dia Benfica e Porto acumularam 100 milhões de euros nos seus cofres, sendo 60-40 (em percentagem) para os lados da Invicta. Diga-se que até ao temido dia 31 de Agosto os três grandes do nosso futebol não encaixaram isso... nem perto. O futebol dá voltas e voltas, sendo que em poucas horas houveram algumas etapas: a especulação, a ansiedade por parte dos adeptos, a negação e por fim a aceitação aquando do comunicado oficial. Foi assim est