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Espetáculo pobre em Udine


Típico jogo italiano que terminou num empate sem golos no Friuli, neste que estava designado como o jogo mais importante desta 1ª jornada da Serie A, que devido a uma greve só se realizou agora. Foi um jogo pobre em grandes oportunidades de golo, jogadas explosivas e em golos, claro. Com Vucinic lesionado, o paraguaio Estigarribia foi titular mais uma vez, jogando como médio esquerdo, com funções ofensivas e defensivas, mas falaremos disso mais à frente. A Juventus iguala assim o Milan, com 34 pontos. A Udinese fica-se pelos 32, numa luta que parece intensificar-se e entrar num novo capítulo todas as jornadas. A nenhuma das equipas valeu o talento individual das equipas, coletivamente os jogadores fizeram bem o que lhes foi proposto, já que os treinadores não abordaram o jogo corretamente e apostaram em táticas de contenção, sendo até a Juventus a equipa naturalmente mais atacante.


Como podem ver as formações táticas foram idênticas, com características distintas é claro, mas a constituição foi semelhante: ambas as equipas adotaram um 3-5-2, algo que Conte tem feito nos jogos com maior relevância, fez mal em apostar nesse sistema hoje, mas parece que o empate era o resultado preferível. A Juventus apenas jogou com 3 defesas, mas geralmente defendia com 5. Em processo defensivo Lichsteiner voltava à sua posição natural de defesa direito e Estigarribia recuava no corredor esquerdo, podendo Marchisio (e Pepe na segunda parte) fletir mais para a direita. De resto seria Pepe a fazer essa posição melhor, mas a causar alguma confusão já que cometeu alguns erros posicionais. Pirlo esteve razoável hoje, fez o seu jogo sem grande brilhantismo. Quem esteve bem sem dar muito nas vistas foi Arturo Vidal, o jogador que parece que não tem posição definida nesta equipa. Jogou a médio centro hoje, pelo menos começou a partida assim. Avançou bastantes vezes no terreno, indo recuperar muitas bolas ao lado direito, onde Lichsteiner como cauteloso que é não correu grandes riscos, e realmente fez bem já que os contra-ataques da Udinese podiam em qualquer altura ditar a derrota.

Matri esteve muito mal mais uma vez, até ser substituído por Fabio Quagliarella. O que se passa com este matador? Matri ultimamente tem finalizado pouco e quando fá-lo geralmente sai mal. Também tem sido muito lento, quando recebe a bola fica com ela nos pés à procura de apoio. Será por causa de alguma alteração de Conte? Realmente é visível um recuo do italiano, mas nada de relevante para o seu rendimento já que também é um jogador que sabe servir os outros avançados. Pepe foi talvez o melhor em campo, sendo ele quem causou os poucos lances de perigo na partida. Chiellini também continuou a surpreender pela positiva, subindo muitas vezes e bem no terreno. As substituições tardias de Conte pouco alteraram a partida.

No lado dos Bianconeri da casa, a Udinese jogou mais uma vez para Di Natale e consoante a situação para Abdi ou Asamoah que esteve bastante bem, dos melhores em campo. A Udinese só fez uma alteração, e esta já foi no final, saindo Abdi para a entrada de Floro Flores. Apenas vem provar a contenção que houve durante todo o encontro e o desgaste físico que (não) causou aos jogadores de ambas as equipas, já que as substituições da Juventus foram visivelmente executadas para dar um novo rumo às prioridades ofensivas. A Udinese jogou em contra-ataque, mas Buffon não foi obrigado a uma defesa do seu nível, apenas limitou-se a agarrar algumas bolas fáceis, Di Natale esteve pior do que o habitual e não houve quem conseguisse fazer a diferença, Pinzi esteve muito mal na partida, principalmente a cruzar. Jogo tipicamente italiano, sem grandes oportunidades e com prioridades defensivas mostradas por ambos os treinadores, já que a Juventus defendia com 5 e em lances de iminente perigo da Juventus as linhas da Udinese recuavam constantemente, sendo os contra-ataque protagonizados na sua esmagadora maioria por Abdi, Asamoah e Di Natale, quase todos numa zona central do terreno.
 

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