Seria uma das maiores surpresas dos últimos anos nesta DFB-Pokal se o Bochum do segundo escalão eliminasse o atual primeiro classificado da Budesliga, o Bayern de Munique. A verdade é que provavelmente seria mesmo isso a acontecer, se uma substituição não fosse feita ao intervalo, a que foi obrigada a equipa da casa, a jogar no Ruhrstadiun. O Bayern derrotou o Bochum por 1-2, com o golo da vitória a ser marcado nos últimos segundos.
O futebol é mais do que um jogo. É uma emoção, algo que se sente quer seja a assistir ou a jogar, no estádio, no jardim ou noutro lugar qualquer. Este jogo foi a prova disso, um destaque do dia desportivo que merece capas de jornais na Alemanha. A persistência, o sobre-esforço e a dedicação foram a chave do sucesso dos bávaros, que contaram também com um lateral direito improvisado, que comprometeu o resultado e foi quem não desempenhou corretamente o seu papel e pode-se chamar culpado em ambos os golos do Bayern.
Aqui está o livro tático da partida. O Bayern jogou como sempre com uma dezena de jogador com características mais tendenciosas para o jogo ofensivo, com Neuer sempre regular na baliza, apesar de alguns deslizes iniciais nos primeiros tempos de adaptação. Como podem ver, Lahm era aquele que teve que estar mais alerta até à saída de Federico. Era equilibrado nas suas movimentações, isto é, não arriscava em demasia, podendo ser apanhado num contra-ataque. Nos dois golos do Bayern o lado direito da defesa já estava sem Toski o que levou com que Kopplin fosse para o lado direito, com pouca coordenação é certa, mas Freier não teve competência para o lado direito. No primeiro golo, o do empate, houve uma falta de decisão do defesa do Bochum, que fez com que Kroos e Gomez pudessem estabelecer os 4 toques decisivos para a igualdade. No segundo golo uma autência auto-estrada para Ribery que estava no flanco esquerdo, aproveitando o espaço. Parecia que jogavam com 3 centrais, os da casa. O passe para Arjen Robben foi fundamental, já que depois de uma arrancada daquele valor do francês a marcação apertada estava apenas nele. Jupp Heynckes não fez praticamente nenhuma mudança tática, apenas tem que, apesar da boa solidez defensiva, atribuir melhor as tarefas aos sweepers e temporizar de melhor forma as mesmas.
O Bochum teve Inui e Kramer como jogadores fundamentais. Tal como o Bayern tinham dois médios defensivos, estes com tarefas quase exclusivas de distribuir o jogo, e fizeram-no com classe. Com a saída de Toski a equipa perdeu muito, como já referi. O resto da equipa esteve bem, fazendo frente a este Bayern. Uma equipa atrevida, com a construção de jogo e circulação do mesmo a ser os pontos mais fortes.
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