Um triângulo tem três lados, podendo ser dividido em três tipos dos mesmos de acordo com os lados. O escaleno tem três diferentes. O Porto desenhou um perfeito em 11 minutos quando, em Viseu, derrotou o Celta de Vigo por três bolas a zero. Três belas obras que podem ser incluídas na comparação como lados. E, como a figura geométrica, foram todas diferentes. Uma jogada a poucos toques por cada posse, uma bola parada perfeita e um golo à Messi, com as devidas diferenças claro. Foi, entre outras coisas, um excelente regresso a Portugal da equipa de Vítor Pereira que tinha somado duas vitórias no mesmo número de jogos de pré-época. O próximo desafio é na próxima quarta-feira quando o Porto viajar para Ponta Delgada onde irá defrontar o Santa Clara do cunhado de Vítor Pereira e antigo treinador do Paços de Ferreira (não conhecido exatamente por fazer um bom trabalho) Luís Miguel.
Falando do jogo jogado porque isso não podia faltar. Pode-se dizer que tudo foi um sucesso mesmo sem dois dos jogadores mais influentes da equipa. Um está de férias e outro está a representar a sua seleção em Londres. Moutinho e Hulk, claro. Duas baixas de peso para a equipa que conseguiu reproduzir o mesmo estilo de jogo no Estádio do Fontelo.
Num desenho de tático não é possível ver novidades na formação. Vítor Pereira, tal como Villas-Boas e Jesualdo, continua a não querer desmantelar o 4-3-3 tradicional. Claro que neste jogo era impossível mantê-lo sem algumas alterações. Defour e Atsu cumpriram, sem grandes brilho, a sua função. Defour jogou com o 8 na camisola. Porém quem subiu mais no terreno, tendo funções mais ofensivas, foi Lucho. Aliás o golo marcado demonstra isso mesmo. E também importantes foram as boas impressões deixadas pelos mais novos. Mas talvez o momento mais importante do jogo fora a entrada de Jackson Martínez. Fez assim a sua tão aguardada estreia como jogador do Porto. E, a par do que acontecia com Falcao, vê-se que é um avançado para o coletivo. Até pode ser ilusão, mas num primeiro momento foi essa a impressão geral.
O Porto entrou melhor na partida, como de resto esteve sempre. Melhor, por cima. Apesar dalguns lances mais perigosos do Celta a inclusão de Álvaro ou Alex Sandro na esquerda será a resolução do problema. Já se tinha a ideia que Mangala não ia se dar bem como lateral adaptado. De resto no lado direito também houve o mesmo episódio, mas Djalma já tinha algumas noções de como se posicionar e atuar. Se fosse a primeira vez ainda tinha desculpa...coisa que não foi. A principal atração para o trio de ataque do Celta de Vigo foi obviamente o seu lado direito do ataque sem qualquer dúvidas. Muito por alto lembro-me dum lance de muito perigo que teve o Celta pelo lado direito estando Mangala adiantado para o pontapé de canto. De resto registou-se muita posse de bola do Porto (cerca de 60%) - e muita dessa foi no meio-campo adversário para manter o estilo que se verificava no melhor período da época passada -, mas houve uma carência de lances realmente perigosos. O que faltou? Talvez os passes e criatividade de Moutinho ou as arrancadas de Hulk, capazes de atrair muita marcação...deixando os outros jogadores numa posição mais favorável. Claro, um jogo de pré-época nunca é preponderante, mas as ilações foram extremamente positivas quando se fala na exibição. Noutros pontos há a destacar o novo talento de Maicon, a excelente jogada no primeiro golo (um real hino ao futebol, muito francamente) e o facto de Iturbe ter ganho confiança.
Com certeza darei algumas impressões do Santa Clara - Porto na próxima quinta-feira. Até lá visitem a
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