Cesc, o tal menino culé. Representou pela primeira vez o clube da Catalunha com apenas 10 anos, num processo de formação até aos 16, onde foi transferido para o Arsenal, onde acima de tudo construiu uma relação muito próximo com Wenger, ainda treinador dos londrinos. No passado ano de 2011 voltou ao Barcelona e tem sido um dos melhores jogadores na estratégia formada por Guardiola.
Sabe-se que Fàbregas rumou ao Arsenal (formação) por sentir que não teria muitas oportunidades no Barcelona, sendo esta uma transferência chave para o Arsenal. Numa época em que as lesões foram mais fortes do que a resistência dos médios do Arsenal, Fàbregas entrou determinado em ter a sua oportunidade em Inglaterra. Para muitos era só mais um miúdo com um futuro promissor que se podia escurecer passado uns anos e com uma realidade diferente. Mas não, em facto, seria ele um das peças chaves das seguintes épocas. Então, como estava a dizer, as lesões condicionaram o Arsenal e foi Cesc um dos jogadores chamados para cobrir tais lesões de homens importantes no clube. Há bens que inicialmente são originados por situações de carácter extremamente negativo, bem que o futuro número 4 do Arsenal o poderia dizer. Saltou para a titularidade e convenceu, mas antes passou por algumas dificuldades.
Quando chegou a Londres a situação foi um pouco complicada para Fàbregas como seria para qualquer um. Uma língua diferente, costumes distintos de Espanha e um futebol também diferente na sua essência. Valeu-lhe e de que forma Senderos, que foi um dos seus mentores e guias pela cidade e por tudo o que Londres simbolizava. Nessa época bateu um recorde, o de jogador mais jovem de sempre a marcar um golo pelo Arsenal, fazendo um golo numa vitória em jogo a contar para a Taça da Liga frente ao Wolves, tinha 16 anos. O único sentimento negativo para o jogador foi não ter recebido a medalha de campeão naquela época que foi quase perfeita para o Arsenal, visto não ter feito nenhum jogo no campeonato. Nessa época o Arsenal não foi derrotado na Premier League.
A próxima época não foi tão positiva para o Arsenal a nível coletivo, mas como já referi foi uma de aprendizagem para Cesc, que aproveitando as lesões no meio campo do Arsenal conseguiu a titularidade. Conseguiu ser o marcador mais jovem de sempre no campeonato e teve a oportunidade de enfrentar clubes como o Manchester United. Com aparições frequentes no onze inicial parecia ter estabilizado a sua situação de adaptação. Por esta altura o seu estatuto era cada vez mais elevado, com um fator positivo a ser a tomada de posse do número 4 que pertencia a Patrick Vieira que abandonou o Arsenal na época 05/06. Terminou a época e partia para a segunda metade de 2005 com uma vitória frente ao Manchester United na FA Cup, sendo este o seu primeiro título pelo Arsenal.
Depois disso houveram várias etapas na carreira do jogador. A afirmação definitiva, capitanear o Arsenal e manter a consistência nas exibições. As épocas que se seguiram não foram muito positivas para o clube de Fàbregas mas este continuou a impressionar e de que forma a nível individual.
As especulações de um regresso ao Barcelona eram cada vez maiores e com a reputação de ídolo no Arsenal parecia estar preso a estaca quando em 2010 o Barcelona fez uma proposta em vão pelo jogador. Depois da vitória da Espanha no Mundial desse ano alguns colegas da seleção vestiram-no com a camisola do Barcelona, clube que um ano depois viria a representar. No momento pode ter sido o despertar de uma alegria interna. Claro que em 2011 o jogador iria voltar à casa onde cresceu, a transferência envolveu um valor arredondado de 40 milhões de euros, incluindo as variáveis. A jogar ao lado de Xavi e Iniesta o jogador de agora 24 anos tem-se sentido em casa.
Um dado caricato é que Fàbregas já não vencia títulos no Arsenal à algum tempo, alguns anos para ser mais correto. Chegou ao Barcelona e venceu a Supertaça Europeia frente ao FC Porto e a Supertaça Espanhola frente ao rival Real Madrid. A sua adaptação, ao contrário da de Inglaterra, não podia estar a correr melhor. É neste momento titular indiscutível e com alguns golos e jogadas fantásticas, típicas do seu estilo playmaker, o qual já adotava do Arsenal. O seu regresso foi uma dádiva para os adeptos do Barcelona que têm assim mais uma razão para apoiar o clube, o tal menino espanhol e adepto do Barcelona tinha voltado ao clube que o colocou na rota de Inglaterra. Ainda tem muitos anos pela frente e o futuro parece bastante risonho para Francesc Fàbregas.
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