Avançar para o conteúdo principal

Conversas da bola #1 - José Manuel


Novo artigo semanal, desta feita um debate. Nesta primeira troca de palavras um açoriano, tal como eu. José Manuel, para alguns conhecido por samurai. Espero que gostem, claro.


Luís Barreira: É notória a evolução do futebol português nos últimos anos, sobretudo com um Braga a intrometer-se nas contas do título. Tens seguido regularmente os jogos de equipas que não os três grandes? Se sim, que conclusões tens retirado desses jogos? Falo sobretudo de Marítimo, Académica e doutras equipas que a poucos e poucos vão mostrando o seu valor competitivo e qualidade técnica acrescida.


José Manuel: Não acompanho, pelo menos não regularmente. Mas pelo que vejo subretudo do poder do Braga é que o nosso futebol têm tudo para ser dos melhores a nível técnico e tático. Nisto, ressalto a importância que o treinador português vêm tendo, e temos casos flagrantes de um Villas-Boas que fez uma boa época de estreia na Académica e agora o Pedro Emanuel, também na Briosa.


Luís Barreira: Num dos primeiros artigos do blog falei de uma nova geração de treinadores portugueses nos últimos 2/3 anos. Consideras Villas-Boas como o seu impulsionador?


José Manuel: Sim, em parte o Villas Boas está a ser o espoente máximo da nova geração. Porém, temos casos de Leonardo Jardim, ou de Domingos Paciência, e até o próprio seleccionador nacional Paulo Bento. Acho que é uma geração com futuro que segue as pisadas de Mourinho, já que este é em todo o caso o esplendor máximo dos treinadores portugueses.

Luís Barreira: Exato, isto para dizer que o futebol português tem tido uma grande evolução não só no nível e rigor técnico das equipas, mas também tem apostado mais um pouco na formação e em treinadores competentes. E internacionalmente, qual é a Liga que acompanhas com mais regularidade?

José Manuel: Espanhola e um bocado da inglesa.


Luís Barreira: Para ti quais são as diferenças mais relevantes em relação aos nossos campeonatos?

José Manuel: A espanhola contém mais lucro e principalmente contém aquelas duas equipas, que todos querem ver: Barcelona e Real Madrid. Por excelência, temos nós três grandes capacidade para ganhar ás outras equipas, como se viu no Porto-Villareal da época passada em que o clube português ganhou ao 3º classificado.
Quando ao inglês, sobressai a qualidade dos jogadores, estrangeiros porque podemos nos bater com eles como se viu com o Benfica a levar a melhor com o United em Old Trafford. Acho que a eles somos superiores a eles a nivel tático.

Luís Barreira: Claramente os três grandes estão num patamar que muitas vezes é subvalorizado pelos próprios portugueses porque são de cá. Não concordo com essa mentalidade de não estarem ao nível de colossos europeus, já demonstraram que sim.

Atualmente existe algum treinador e/ou jogador que idolatres?

José Manuel: Cristiano Ronaldo. E como treinador Mourinho e Guardiola.

Luís Barreira: Tanto eu como tu somos adeptos açorianos, estamos lá para o Santa Clara para o que der e vier. Dia 28 de Dezembro às 17h açorianas vais ao Estádio de S. Miguel?

José Manuel: Depende do meu pai. Mas se ele puder claro que vou.

Luís Barreira: É tudo, obrigado!

Comentários

Popular Posts

Entrevista a Issey Nakajima-Farran

  Issey Nakajima-Farran is a 30 year old soccer player, artist and citizen of the world. He has played in 4 continents in his 12 professional years, After he parted ways with Impact Montreal, he's focusing in his art and shared with Crónica Futebolística his amazing life story. I would like to personally thank Issey for his sympathy and avaliability.      Before reading this interview, you can follow Issey in his social media: Instagram Twitter http://isseyart.com/  - He's avaliable to sign a message for who's interested in his prints.   Issey Nakajima-Farran é um futebolista, artista e cidadão do mundo de 30 anos. Já jogou em 4 continentes durante os seus 12 anos como profissional. Após rescindir com o Impact Monteal, foca-se agora na sua arte e partilhou com a Crónica Futebolística a sua magnífica história de vida. Gostaria de agradecer ao Issey pela simpatia e disponibilidade.   Antes de ler a entrevista, pode seguir Issey ...

20 potenciais revelações da Liga NOS

  Com mais uma temporada futebolística a aproximar-se mais e mais, é perfeitamente normal e compreensível que o nível de expectativa e euforia para ver os novos reforços em duelos oficiais - em especial os mais sonantes ou cuja 'novela' teve mais tempo de antena durante a pré-temporada - seja proporcional à posterior vontade de tirar ilações dos mesmos. Acontece que, por vezes, são os mais subtis a dar nas vistas. Não vivendo o mesmo clima de pressão, não é incomum ter um jogador quase incógnito a dar nas vistas e a brilhar. Ainda noutro cenário, a prata da casa pode explodir. Seja ou não reforço, hoje a Crónica Futebolística fala-lhe de 20 potenciais revelações da Liga NOS .   Para a lista abaixo há, claro, alguns requisitos. Jogadores com o valor e estatuto primeiramente reconhecido no futebol nacional e posteriormente internacional estão obviamente excluídos. Futebolistas cujo reconhecimento no futebol mundial é assinalável e relativamente consensual - casos de, por ...

O curado enfrenta o ferido

  Sabe-se que a meio da semana os dois adversários de hoje tiveram momentos completamente distintos no que toca a compromissos europeus. Começando pelas viagens. O Porto ficou-se pelo Dragão, enquanto que o Sporting viajou até à Hungria para defrontar o Videoton de Paulo Sousa. Os desfechos dos jogos em questão também foram diferentes, não fosse o Sporting despedir Sá Pinto se este tivesse vencido em terrenos forasteiros. Já os dragões conseguiram vencer o Paris Saint-Germain com uma exibição de gala, rara nos tempos de Vítor Pereira. Agressividade, discernimento, objetividade e criatividade caracterizaram os 90 minutos portista em relvado português. As duas equipas em momentos distintos encontram-se hoje. É a guerra do curado (depois de falhar a vitória frente ao Rio Ave) e do ferido. Na teoria já se sabe como seria o desfecho, porém existe quem diz que os clássicos são jogos à parte, que ignoram completamente a corrente de jogos recentes. Noutra palavra, imprevisíveis. ...