Os tempos mudaram e de que forma para este histórico clube inglês que é o Arsenal. Em tudo há um início, meio e fim. Neste Arsenal o fim parece ter vindo mais cedo, e agora o tempo está a ser compensado. Passo a explicar: o Arsenal foi campeão inglês em 2003/2004, com uma das épocas mais épicas da história dos londrinos. Não perderam no campeonato e terminaram-no com 90 pontos, mais 11 do que o Chelsea, comandado na altura pelo atual treinador do Internazionale, Claudio Ranieri.
Imagine-se! Nesta altura Cesc Fabrègas, Reyes e Kolo Touré eram meninos. Meninos esse que progrediram imenso e estão agora em grandes clubes europeus, tendo inclusive o primeiro voltado à sua casa, na Catalunha.
Mas depois a hegemonia do clube começou a cair aos poucos. Na época seguinte o clube ficou em segundo lugar no campeonato inglês, dando esperanças de um regresso aos triunfos na próxima época. O envelhecimento do plantel abriu portas a muitas transferências até hoje. De momento Wenger tem uma estratégia bastante interessante, mesmo que bastante arriscada em alguns casos. Tal é rodar jogadores da academia do clube nos jogos com menos importância. O clube também tem sido afetado por bastantes lesões nas últimas épocas, é um fator sempre contraditório, sendo os jogadores sub-21 utilizados nessas circunstâncias, como até nesta época.
A questão que se coloca é 'para quando o velho Arsenal?' Os adeptos têm saudades de títulos, coisa que não sabem o que é desde 2005, para um dos grandes ingleses e um dos clubes mais marcantes de sempre no futebol é demasiado tempo. Um adepto, mesmo que neutro, tem saudades de ver os passes de Pirès, as rotações de Bergkamp e as loucas arrancadas de Henry. Os tempos mudam, e tudo o que nele vem também. Para o bem do futebol inglês é bom que os londrinos demonstrem mais uma vez o espírito competitivo dos primeiros cinco anos deste século. Resta esperar para ver o que as próximas épocas reservam, já que este processo de renovação não é imediato.
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