Venho hoje apresentar algo diferente no blog. Uma crónica feita por Pedro Lemos, um jovem de 16 anos e que mantenho contato à cerca de 1 ano. Chegamos a mútuo acordo para a colocação de uma das suas crónicas, com o título acima representado. É um artigo diferente e cativante, espero que gostem.
O futebol como uma viagem
Quando vejo futebol penso numa grande viagem. Um itinerário cheio de pontos-base onde se avistam as melhores paisagens e monumentos de um determinado país ou cidade. Nestes pontos estratégicos, outrora utilizados na defesa da cidade, concentram-se serviços e população, a maior parte dela turistas que visitam a cidade em busca de umas férias bem passadas ou gente idosa que tenta “queimar” da melhor forma o fim de uma vida.
O futebol está repleto de itinerários e pontos-base. Fora das quatro-linhas existem os estádios, ponto de passagem obrigatória para qualquer “viajante do futebol”. É dentro daquele conjunto de cimento e betão que tudo se passa. Um estádio pode representar o melhor mas também o óbvio pior. Lembre-se a notável final da Liga dos Campeões do ano 2005. O Milan vencia por 3-0 ao intervalo. A felicidade estava estampada na cara de todos os italianos presentes em Istambul. Poucos eram os que imaginaram que no fim essa felicidade passaria a tristeza pois o Milan acabaria por perder no desempate por grandes-penalidades. Tudo isto para fundamentar o que disse anteriormente, um estádio pode ter duas faces totalmente distintas, o céu e o inferno em 90 minutos, chamemos-lhe assim.
No itinerário do futebol jogado muitos são os “monumentos” a visitar. Defesa, ataque, meio-campo e as mortíferas transições são pontos-base aos quais nenhuma equipa consegue escapar durante os 90 minutos de jogo. Em cada uma destas fases encontram-se “turistas” de caraterísticas totalmente distintas- defesas, médios, avançados, altos, baixos e magros. Em cada ponto existe uma tática já antes definida pelo grande “guia turístico” que tem de ser um treinador de futebol. Tal como o estádio o futebol jogado é um turbilhão de emoções. O céu e o inferno, o bom e o mau, a glória e a inglória, tudo isto num espaço 90 minutos com apenas 22 jogadores.
Já referidos os estádios e o futebol jogado restam… os adeptos. Autênticos peregrinos da religião que é o futebol, apoiam a sua equipa incondicionalmente nos quatros cantos do globo, se assim for necessário. Sentem de perto todos os “monumentos” do futebol jogado e são eles que fabricam o turbilhão de emoções que se faz sentir no interior de um estádio. Qualquer adepto tem o seu itinerário bem estudado antes do apito inicial, a passagem pela loja oficial do clube até às barraquinhas de comes e bebes tudo é estudado ao pormenor tendo sempre em vista o futebol. A paixão pelo futebol não escolhe idades, simplesmente enraíza-se dentro de novos e velhos fazendo-os percorrer quilómetros em busca dos melhores “monumentos” escolhendo sempre o melhor itinerário…
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