O Futebol Clube do Porto venceu hoje o Marítimo por duas bolas a zero, em jogo a contar para a 13ª jornada da Liga Zon Sagres. Depois de dois resultados distintos na passada jornada (vitória do Porto em Aveiro e derrota do Marítimo em casa frente ao Benfica) as equipas apresentavam momentos anímicos diferentes. O Marítimo entrou para o jogo sem os três homens normalmente titulares no seu sector teoricamente mais forte, o meio-campo. Antes do início do jogo foi feito um minuto de silêncio em memória da recém falecida Cesária Evóra, antiga cantora cabo-verdiana.
O Porto alinhou com um sistema táctico natural para o que tem sido a época, com a persistência de Vítor Pereira a colocar Maicon no lado direito da defesa. Neste jogo o Porto alinhou com 4-2-3-1, com uma particularidade. Fernando e Moutinho ocupavam as suas funções naturais enquanto Fernando Belluschi estava nas costas de Hulk, o ponta de lança escolhido neste jogo. Kléber ficou mais uma vez no banco de suplentes.
O facto de Hulk não estar no lado direito do ataque, onde o fator explosão entra, em pouco afetou a equipa. Isto porque, tal como nos jogos frente ao Zenit e Beira-Mar, a equipa do Porto apresentou (apesar de ainda recorrer muito ao talento individual) uma equipa sólida, constantes nos momentos da partida e não vacilando. O Porto entrou com tudo na partida, não marcando mas sim adotando um ritmo que se iria manter na partida, muito rápido, demasiado até para este Marítimo. Claro que ocasionalmente os madeirenses atacavam de diversas formas, mas os ataques raramente passavam da coesa defensa dos dragões, sendo Maicon aquele que, mesmo estando bem, falhou algumas vezes.
Muito perdulário o Porto, sendo Belluschi aquele jogador que protagonizou a melhor oportunidade da primeira parte. Peçanha deu, literalmente, a bola ao argentino que ao tentar fintar o guarda-redes brasileiro perdeu a bola. Devem ter sido inspiradores os momentos seguintes, já que grande parte do estádio perdoou de imediato o jogador e começou a cantar a música feita para ele.
Ia resultado o esquema do jogo do Porto, apenas ia valendo Peçanha para o Marítimo. Tal como no jogo da semana passada, o guarda-redes que apresentou sangue frio, defendeu (quase) tudo, e aproveitou aquilo que o Marítimo (não) fez nos seus momentos mais frágeis.
Num jogo de futebol uma expulsão na primeira parte normalmente define jogos, não foi o caso neste jogo. Aos 41 minutos Roberge (que estava a a desempenhar o papel de 6 no Marítimo, posição fulcral, para mais num jogo destes) foi expulso devido a acumulação de amarelos num curto espaço de tempo. Via-se nesta altura o descontentamento de Pedro Martins.
Na segunda parte mais do mesmo. O Porto era a melhor equipa parecia não acertar com a baliza. Kléber entrou logo ao abrir da etapa complementar, indo para o centro do terreno, encostando Hulk na sua zona de conforto e empurrando Djalma para o lado esquerdo. Saiu o colombiano James. Claro que com o brasileiro no lado direito o rendimento do ataque foi maior, num jogo onde o Marítimo apenas assustou (mas de que forma) uma vez, com um remate de Danilo Dias à barra. Cristian Rodriguez entrou aos 57 minutos para o lugar de Maicon, para dar um maior equilíbrio ao corredor direito.
Aposta ganha de Vítor Pereira ao colocar o uruguaio. Marcou o primeiro golo e foi cumprimentar o treinador, assinalando assim a página final do mau ambiente vivido no clube. O segundo golo ia surgir pouco depois, por Otamendi. Vitória que valeu pela excelente exibição, nos aspectos negativos há claro as falhas de oportunidades, algumas flagrantes, de golo. Cerca de 33.000 espetadores viram este jogo nas bancadas do Dragão.
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